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Análise do filme o sorrizo da monaliza seguindo a optica do texto "a obra de arte na era da reprodutibilidade técnica" de Walter Benjamin

Posted by Caio Araujo. on 09:39
Analise do filme “O sorriso de Monaliza”


A analise do filme “O sorriso de Monaliza” nos remete automaticamente aos embates sobre a questão da reprodutibilidade técnica da obra de arte, evidenciando uma postura de que essa reprodutibilidade tem o intuito de lucrar com as copias, mas também de “popularizar” a obra de arte. O filme discorre a estória de uma professora de historia da arte numa tradicional escola de moças dos estados unidos nos anos 50, que enfrenta preconceito de algumas alunas por tentar expor uma nova visão à cerca da arte moderna. Por se tratar de uma instituição estritamente conservadora, muitas de suas idéias foram chocadas com as ideologias da academia.
A lucratibilidade com a reprodução técnica fica evidenciada num exemplo que a professora trás a classe. Ela expõe a turma o embate de que todos almejam ter o original ou ao menos uma cópia dos grandes pintores em suas casas, e mostra uma caixa com exercícios para composição de copias dos quadros de Van Gogh, demonstrando a facilidade de se ter uma grande obra (ou uma cópia da mesma).
A reprodutibilidade técnica é embate direto e indireto em muitas situações. Ao questionar a metodologia de ensino da instituição (sobre lecionar apenas sobre as obras tidas como clássicas, deixando de lado o observar das obras modernas, não tidas como arte. E sobre ter dito que Picasso faria pelo século XX o que Michelangelo fez pela renascença) a professora é confrontada por um dos seus diretores sobre ela já ter ido a Capela Sistina. Apesar de nunca ter ido a mesma tinha ciência do seu conteúdo por conta da reprodutibilidade. A possibilidade de se fazer cópias (seja através da fotografia, filme ou da cópia dos quadros ou esculturas) age de forma social, tornando o acesso à arte popular e sem desmerecer a unicidade do original, que é o único que carrega em si as suas marcas de tempo, a sua existência única no lugar em que se encontra.
Nota-se também a reprodutibilidade no presente que a professora ganha. No seu presente constavam reproduções da Capela Sistina, a Vênus de Milo, Davi e a Monaliza. Deixando ainda mais evidenciado o papel social da reprodução de obras de arte, tendo em vista que muitas pessoas se quer teriam idéia de como são algumas obras caso não existisse essa ferramenta.
Por fim evidencia-se no filme a via de mão dupla da reprodutibilidade técnica, agindo como ferramenta para comercializar obras similares as originais (cópias ou mesmo fotografias, que possuem o seu valor de culto a exemplo da fotografia de pessoas mortas e de pessoas distantes), e também o seu papel social com a popularização da obra de arte. A função de promover a arte para todas as classes e a todo o momento, sem ferir a unicidade e o valor de culto da obra original.

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