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Quem gosta de publicidade é publicitário.

Posted by Caio Araujo. on 10:34



Há dias essa frase ecoa na minha cabeça. Na verdade não sei ao certo de onde tirei isso, se foi fruto de minha cabeça fértil para comentários ácidos ou se eu ouvi em algum lugar, mas seguem minhas congratulações para o autor - Se fui eu mesmo eu sou narcisista rsrs.
É fato a minha insatisfação por muita coisa, mas ultimamente estou admirado com minha impaciência com o mercado de trabalho e as redundantes aulas da faculdade. É como se a cada semestre que se passa os professores tentam repetir as mesmas afirmações de maneiras diferentes. Sei também que eu adoro ser prolixo em meus textos, mas daí a fazer de minha vida acadêmica um eterno flashback...
Acho que fui contaminado por um vírus que circunda o meio da comunicação: O pessimismo.
A cada dia o mercado fica mais exigente, e é inflado de maus profissionais que conseguem bons cargos e salários melhores ainda por pura indicação.
Enquanto isso outros profissionais que desempenham trabalhos muito melhores e tem idéias excepcionais mofam em agencias pequenas recebendo miséria.
Mas o real motivo desse texto que se segue é a reflexão da publicidade perante seu principal alvo... o consumidor. Muitas vezes os “criativos” se perdem em suas idéias mirabolantes que vão os levar a prêmios, palestras e aulas sobre suas peças, e se esquecem de um principio básico...
Publicidade é feita pra vender. Se o consumidor não entende com clareza o que quer passar, ele pode achar sua peça linda mas isso não surtirá nenhum efeito “economicamente favorável” ao seu cliente.
Peças minimalista tendem a fazer o cliente pensar muito... e tudo o que não temos em publicidade é tempo. Os publicitários fazem peças não pra agradar e induzir o target ao consumo, e sim para construir portifólios, e mostrar aos outros publicitários que ele tem boas peças, peças inteligentes.
Não subestimo a inteligencia da população, tão pouco carrego a bandeira da teoria hipodérmica, mas elaborar peças para entendimento de uma pequena parcela da sociedade me soa com um pouco de pedantismo, Ou então o cada vez mais crescente numero de instituições que lecionam comunicação finalmente fez efeito na construção de uma sociedade “abarrotada” de comunicólogos... se bem que para se exercer esse “oficio” não lhe é exigido nada alem de boa vontade.

Sim... eu questiono isso... enquanto eu me acabo de estudar em uma faculdade para me formar e ter embasamento teórico e pratico, inúmeros profissionais exercem o cargo sem se quer ter entrado em uma sala de aula. Eu não inferiorizo o conhecimento deles, pois eu já aprendi muita coisa boa com gente assim. Mas enquanto eu passo horas, dias, meses e anos de minha vida vendo aulas, outras pessoas estão construindo bons currículos pois possuem “mais tempo” para trabalhar na área.

Apesar de milhões de pessoas cursarem direito, nem todas conseguem passar na prova da OAB, isso ajuda quem estuda. Apesar do Brasil muitas vezes parecer terra de ninguém não da pra trabalhar como advogado sem a devida autorização. O mesmo se aplica à medicina.

Mas e a comunicação?... E quanto a Publicidade???

É meus caros é hora de revermos nossos conceitos ou torcermos para que nossos filhos não trilhem os mesmo caminhos, a não ser que consigamos nos destacar no mercado dos “quem indique” possibilitando uma boa vida para a nossa prole.

Proponho um brinde a nossa inércia comunicóloga...

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